A culinária espanhola, tal como a Portuguesa, resulta, em
larga medida, das influências dos inúmeros povos, conquistadores e
conquistados, que habitaram a península ao longo dos séculos, bem como das
novidades trazidas para a Europa por portugueses e espanhóis, na época dos
descobrimentos. Definir a culinária espanhola é fácil: azeitonas, azeite,
salsa, amêndoas, Jerez (Tio Pepe), alho, açafrão, frango, bacalhau, marisco,
caça, presunto.
Os espanhóis dão grande importância à comida, e um exemplo
disso é a quantidade de tempo que dedicam à confecção e, como é lógico, à
degustação de variados pratos. Aliás, a variedade da culinária espanhola é
directamente proporcional à variedade de clima, culturas e regiões que existem
em território espanhol. O prato mais conhecido de toda a Espanha é, sem dúvida,
a paella, originária da região de Valência.
Para os apreciadores da boa cozinha, recomenda-se a
culinária Basca, da qual salientamos os pratos de pescada e de bacalhau. Em
termos da culinária regional, como já referimos, a Paella é o prato típico da
região de Valência, ao passo que a Galiza é mais conhecida pelos pratos de
peixe e de carnes excelentes; na Andaluzia, como não podia deixar de ser, temos
o Gazpacho e o peixe frito, e nas Astúrias a Fabada (cozido de favas). Na
região Centro, são mais consumidos os pratos à base de carne de carneiro, ao
passo que na Catalunha preferem o peixe, moluscos e o tradicional enchido
Butifarra.
Fonte: comezainas.clix.pt
Culinária Espanhola
Comida e bebida
Comer na Espanha é um dos maiores prazeres da vida. A
variedade e riqueza da culinária, assim como a cultura das refeições, torna bem
fácil, tanto nas cidades grandes, como nos vilarejos rurais, encontrar um lugar
para comer bem. Os preços geralmente ficam na porta do restaurante, que também
possuem um prato do dia, com preço menos. O serviço está incluso no preço,
sendo comum, mas não obrigatório, deixar entre cinco e dez por cento de
gorjeta. A maioria dos restaurantes fecha uma vez por semana (domingo ou
segunda), no entanto há muitos estabelecimentos que estão abertos todos os
dias, a qualquer hora.
A culinária espanhola difere tradicionalmente pelo uso de
azeite de oliva, gordura vegetal ou animal, manteiga de porco, assim como uma
enorme variedade de frutas e verduras, tiradas da cultura árabe, e outros
ingredientes como batatas e tomates que vem da América.
O norte é uma região úmida e chuvosa que garante uma
variedade gastronômica muito rica, tanto de carnes como de peixes. Basque
possui uma culinária sazonal, preparada nos fornos antigos, com pratos como
marmitako (batatas com peixe bonito) e txangurro (moluscos com caranguejo).
Astúrias possui pratos como a fabada (feijão e cozido de porco), o queijo e a
cidra. Entre a culinária da Galícia, vale a pena mencionar as caldeiradas, a
lula, os derivados de leite e os pães.
A cozinha mediterrânea tem como ingredientes base, o trigo,
azeitonas e o vinho, com outros acompanhamentos, como arroz, legumes, alho,
vegetais, queijo e iogurte, peixe, carnes e ovos e frutas. Uma cozinha tão
variada e completa, que na Espanha mediterrânea os espaços naturais são
interpretados com diferentes particularidades. A Catalonia possui, desde a
Idade Média, uma culinária litorânea, que usa uma grande variedade de peixes,
enquanto no interior, recomenda-se a escudella e os assados. A típica cozinha
da Valença une pratos mediterrâneos, como os peixes, vegetais e frutas, com
caldos e ensopados de carne de caça com arroz como prato principal. Doces,
torrones e sorvetes mantêm a influencia árabe na culinária. A culinária das
Ilhas Baleáricas inclui vegetais, peixes e porco, como ingrediente principal,
assim como o famosos molho de maionese.
A culinária do planalto é um produto do clima que exige um
esforço duro e continuo em seu trabalho. Os ingredientes bases de Castela e
Leon são vegetais, como vagem, estilhas e lentilhas. O porco, que na variedade
ibérica, recheado com castanha e frutas do carvalho é também um produto típico
da região, assim como as carnes de caça. Os pães têm nas gemas e massas fofas,
uma representação da tradição árabe. A culinária de Extremadura da ênfase a
produtos e pratos derivados da carne de porco ibérica. A culinária recriada em
Quixote, típica de Castela - La Mancha, possui particularidades como açafrão, o
mel de La Alcarria e queijo de manchego (ovelha). Como uma pequena ilha, Madri
contribui com a peculiaridade de alguns pratos como o Cocido Mdrileño, bacalhau
e callos. Torrijas e doces são outras de suas especialidades.
A cozinha andaluziana do sul é resultado da mistura de
culturas que a habitaram e formaram sua herança gastronômica. As Ilhas Canário
possuem uma culinária bem particular que inclui gofio (farinha de cereais
tostada), legumes, cultivos tropicais e os famosos mojos (pimenta e temperos de
coriander), algumas das atrações principais.
O vinho é um importante elemento e toda e qualquer culinária
regional da Espanha. Os romanos deixaram como herança a arte de cultivo da uva
que tornou a Espanha um dos maiores produtores de vinho, famosos pela qualidade.
Entre eles pode-se mencionar os vinhos de Rioja, que pelo aroma, sabor e corpo
obtiveram um lugar de destaque internacional. Outros muito apreciados são os de
Ribera del Duero, Penedés e La Mancha.
O vinho de xerez é um vinho andaluziano de grande prestigio
internacional, principalmente em paises anglo-saxônicos, que tem diferentes variedades
(fino, manzanilla, amontillado, doce e aromático) capaz de satisfazer diferente
gostos. A cava, ou espumante, espanhol possui seu centro de produção na região
catalana de Penedes, no entanto, nos últimos anos se expandiu para regiões domo
Castela. A cerveja é muito consumida hoje em dia na Espanha, principalmente
como aperitivo e acompanhamento para a popular tapa. A cerveja espanhola é
dourada e leve. Licores são também parte importante da cultura espanhola. O brandy
é produzido principalmente em Andaluzia, enquanto brandies e orujos são
distribuídos por toda e Espanha, dando origem a celebração das queimadas de
Gallegas, ou às diversas variedades, como seco, herbal, de cereja ou de mel. A
erva doce, a pacharán de endrinas de Navarre, e os licores de fruta, são também
apreciados.
Fonte: www.sprachcaffe-spanien.com
Culinária Espanhola
Pratos Típicos
Tradicional e sofisticada, a cozinha espanhola se revela
diferente e saborosa em cada uma de suas regiões. Por outro lado, alguns pratos
como a paella, o cocido, a tortilla e o gazpacho são conhecidos e produzidos em
quase todo o país. Determinados ingredientes também fazem a alegria de grande
parte dos espanhóis. Açafrão, azeite de oliva, alho e pimentão são algumas das
marcas registradas dessa especialidade culinária.
Na divisa com Portugal, na região noroeste da Espanha, a
Galícia, conhecida por seu litoral bem recortado, reúne uma imensa variedade de
peixes e mariscos. É lá que estão também as melhores vitelas da Espanha. Na
vizinha região de Astúrias, também ao norte, a fabada é o prato mais
tradicional. Nela combinam-se as fabas (feijão branco) com os embutidos,
orelhas de porco e defumados.
No País Basco, extremo-norte da Espanha, a famosa lula e as
pequenas enguias dividem reconhecimento com os deliciosos cordeirinhos assados
na brasa. Já a Catalunha, localizada no nordeste hispânico, possui uma cozinha
bastante especial porque mistura na mesma receita frutos do mar e pequenos
animais. Sua capital, a majestosa Barcelona, apresenta a originalidade do molho
romesco que combina amêndoas com pimentão doce moído e é usado principalmente
em peixes.
A exceção fica por conta de Valência, na parte sudeste da
Espanha. Em suas planícies entrecortadas por montanhas, crescem os arrozais que
fizeram nascer a famosa paella, que pode ser feita de diversas maneiras. O
clima quente da Andaluzia, no extremo-sul do país, deu origem ao magnífico
gazpacho: uma sopa fria de tomates e legumes. E, finalmente, na Castilla, bem
ao norte de Madri, é possível encontrar leitões bem pequenos e assados, os
chorizos e o cocido: uma profusão de carnes de porco e lingüiças servidas com muito
grão de bico.
Fonte: www.guiadasemana.com.br
Culinária Espanhola
Continente de sabores
As diferentes cozinhas espanholas formam um conjunto gastronômico
situado entre os primeiros do Ocidente, juntamente com a cozinha francesa e a
italiana. De entre as cozinhas espanholas destaca-se a basca, seguida da catalã
e da andaluza.
A cozinha espanhola é marcada pela diversidade de pratos
regionais, resultado de várias formas de comer, usos e costumes, dos povos que
se vieram fixar na Ibéria. Fenícios, romanos e principalmente árabes
contribuiram, na sua gênese, para a formação da mesa espanhola. Os romanos
introduziram a mais do que famosa trilogia mediterrânica- pão, azeite e vinho.
Os árabes, fruto de uma permanência de quase oito séculos, contribuiram de
forma vincada no caráter da gastronomia espanhola. Introduziram o arroz, a
laranja, o açafrão, a canela, o alho, entre muitos outros produtos. Depois das
Descobertas, os produtos vindos de novos continentes, vieram enriquecer esta
dieta sã.
Cozinha refinada e rústica
A cozinha espanhola ganha também pelos seus cozidos com
vinho, em especial o xerez. Usa-se mesmo o chocolate, não fossem os espanhóis
responsáveis pela sua introdução nos hábitos de consumo da Europa.
Com a caça também se fazem pratos de alta cozinha,
especialmente com o uso da perdiz, javali e cabrito montês.
A charcutaria: presunto, enchidos picantes, caracterizam a
cozinha mais rústica de algumas regiões. Os queijos são de gosto forte, à base
de leite de cabra ou de ovelha, menos usualmente de vaca.
Na gastronomia espanhola cabe ainda referência para os
"churros," fritos quentes e o "turrón" doce, espécie de
nogado com muitas variedades. Nos cafés petiscam-se "tapas"
aperitivos muito condimentados, por vezes valendo quase uma referção completa.
Os doces são ricos em açúcar e amêndoas: folhados, tortas
recheadas com doce, pudins de laranja.
País Basco
Há quem afirme sem pejo que a cozinha Basca é a melhor de
Espanha. Destaque feito para os peixes: o bacalhau "al pil pil",
soberbo pela simplicidade dos ingredientes. Do País Basco chegam também as
lulas cozinhadas na sua tinta, o molho verde, leve e aromático, utilizado sobre
pescada. Tudo isto tendo por ingredientes somente alho, salsa e azeite.
Da cozinha basca destacam-se ainda as sardinhas assadas em escabeche
e as excelentes sopas de peixe.
Nas carnes de referir as costeletas de Azpeitia.
Fonte: www.drashirleydecampos.com.br
E mais...
Comer na Espanha é um dos rituais mais agradáveis da vida
cotidiana. A variedade e riqueza de sua gastronomia, bem como o prazer do
espanhol pela comida fazem com que seja muito fácil encontrar, nas grandes
cidades ou nas pequenas aldeias rurais, um lugar onde comer bem. O cardápio com
os preços costuma ser fixado à entrada dos restaurantes, que dispõem também de
um almoço comercial com preços habitualmente mais reduzidos. A taxa de serviço
está incluída no preço dos pratos, sendo habitual, mas não obrigatório,
destinar entre cinco e dez por cento do total à gorjeta. A maioria dos restaurantes
costuma fechar um dia por semana (aos domingos ou às segundas), embora existam
inúmeros estabelecimentos de horário ininterrupto que permitem comer a qualquer
hora.
A cozinha espanhola distingue-se por utilizar
tradicionalmente na preparação dos alimentos o azeite de oliva como gordura
vegetal e a manteiga de porco como gordura animal, bem como a grande variedade
de frutas e verduras que herdou da cultura árabe, e outros elementos como a
batata e o tomate, vindos da América.
O vinho é um elemento fundamental em todas e cada uma das
cozinhas regionais da Espanha. Os romanos deixaram a arte da viticultura que
converteu a Espanha num dos maiores produtores de vinho, ao mesmo tempo que
obteve justa fama por sua qualidade, sujeita hoje a estritos controles e
variedade.
Fonte: www.ciff.net
Culinária Espanhola
Da lembrança de uma viagem fica a expressão de sua gente, os
lugares mais atrativos, as vivências mais ricas que brinda a passagem por esse
lugar, porém, a comida que esperimenta-se é algo que se leva num sentido mais
real, uma forma de intimar com certa indefensão com essa terra nova, de
converti-la em parte importante da história pessoal incorporando seus segredos,
como num rito mágico, aos da própria cultura. Espanha é pródiga em segredos através
de sua cozinha, fruto de uma história de conquistadores, a gastrônomia hispana
conhece o sabor de ser sometidos ao mesmo tempo que o de ser dominantes. Por
influência de essa convivência e abertura que tem caraterizado ao longo dos
séculos, sua cozinha incorpora ingredientes do mundo todo, formas de elaboração
variadas e segredos de diversas procedências dando por resultado um panorama
gastronómico imenso. Mesmo assim, há rasgos próprios que podem definí-la como
Mediterrânia: o uso do azeite de oliveira, a abundância equilibrada de produtos
marinhos, o trigo e o vinho.
É evidente que numa península os produtos marinhos teriam
grande impacto na alimentação, as espécies do Atlântico, do Mediterrânio e do
Cantábrico obrigam a uma variedade na cozinha. Por outra parte, as zonas
gadeiras do norte e a planície central fornecem as carnes vermelhas e os
derivados do leite. O vinho é um líquido presente em todas as regiões em menor
ou maior qualidade, mais de 50 marcas confirmam. A zona da Rioja é a que
oferece maior qualidade a nível mundial, enquanto que o Duero e Jerez preparam
vinhos mais doces e mais nacionais, alguns deles com Denominação de Origen.
Em Galícia, terra de peregrinos e gostos diversos, são
típicos os pratos em base à mariscos. As vieras são uma vianda feita com
mariscos que, segundo acredita-se, estão relacionadas com o apostolo. Também
são famosos o polvo, preparado de diversas maneiras, as sardinhas assadas e os
pimentos de Herbão, ambas consomem-se como tapas, entre copas e o batepapo com
os amigos. A empada compostelana, recheada de peixe, é típica da zona durante
os meses quentes, enquanto que o caldo galego e o presunto com grelos, são os
favoritos do inverno. Como sobremesa, a tarta de Compostela, feita com amêndoas
e um bom vinho da região como o Ribeiro ou o Albarinho, permitirão fechar uma
boa e singela comida galega.
À seu passo por Asturias poderá encontrar os melhores
queijos da nação, o mais renconhecido é o cabrais, embora podem esperimentar
muitos outros de sabores e texturas diversas. Astúrias, ao igual que Cantábria,
é zona de mariscos e peixes, especialmente pescadas, enguias, sardinhas e
calamares. Esperimentar uma fabada é patar com esta zona cantábrica pois
consideira-se sue prato típico, feita em base à feijão grande, porco, morcela,
cebola e chouriço, trata-se de um guisado caldoso que vem muito bem nos dias do
inverno. Também pode-se esperimentar o chouriço de queixada e o pantruco,
embuchado de porco, assim como suas empadas de milho, chouriço, pressunto e
toucino conhecidas como boronchu. Para beber, nada melhor que um boa sidra,
bebida regional espumosa e de sabor doce entre à que destaca a do Villaviciosa.
Entre as sobremesas, os freisuelos ou fiyueles, doces de carnaval elaborados
com farinha de trigo, leite e ovo, são um bom fim para uma comida ou um
presente delicioso para levar para casa.
O País Vasco mantém também essa diferença típica na sua
cozinha como na sua língua e idiosincrásia. Entre seus maiores orgulhos está a
afirmação de que consome-se o mesmo nas mesas de sua gente que nos restaurantes
mais luxuosos da comunidade, tratando de dizer com isto que as diferenças
sociais não existem na sua cozinha. Seus pratos principais tem como fonte o
peixe e os mariscos, especialmente o bacalhau e a pescada, assim mesmo, os
molhos distinguem-os de outras regiões espanholas, assemelhando-se em isto à
complicada cozinha francesa. Nas vilas da região se consome um prato conhecido
como marmitako, realizando uma combinação de atúm, bonito, batatas e pimentão
que acostuma acompanhar-se de um vinho branco seco e ácido chamado txacoli. Por
certo, o pimentão, produto presente na gastronomia espanhola, tem suas raizes
na América e é um intento falido de trasladar o chile mexicano às terras da
península que pode-se expresar-se nessa forma larga e pouco delicada que hoje
chamamos pimento.
Dentro de São Sebastião a afição à boa mesa é comprovada com
a celebração de mostras gastronómicas de talhe internacional e com a presença,
dado o seu caráter de estação de repouso e turismo, de uma grande variedade de
restaurantes da cozinha internacional.
Da Rioja o mais destacado dentro e fora da Espanha são os
seus excelentes vinhos, especialmente os tintos. Dos pratos podem-se dizer que
destacam os que realizam-se em base á perdizes e cordeiro já seja em guisados
ou assados aos que incorporam-se o feijão grande branco e outros legumes, os
pimentos riojanos são tão famosos como os vascos pois procedem da mesma zona
geográfica, sua utilização é em muitos casos como embrulho de diversas misturas
de verduras ou carnes.
Sendo uma zona de confluências da tradição vasca, castelhana
e francesa, Navarra partilha uma cozinha similar à riojana, perdizes e
codornizes são seu forte, tanto como a truta à riojana combinada com presunto,
aliás, o seu espetro gastronómico amplia-se com os pratos nos que predomina o
cordeiro, como o assado ou o chilindrão, no que acompanha-se de verduras e
hortaliças navarras de grande renome. Os peixes que recebe do Cantábrico se
refletem nas excelências da pescada, o linguado ou o robalo, que cozinham-se
igualmente com verduras e molhos. Seus vinhos são de magnífica qualidade,
especialmente os afrutados e brancos doces.
Aragón oferece pratos em base á frango e cordeiro temperados
com molhos de tomate, cebola e pimentos, o ternasco é um deles. Em Teruel
sobressae a truta do Guadalaviar, preparada ao escabeche e o gazpacho de
bronchales, preparado com coelho de caça. O uso de cogumelos, e animais de caça
como o cervo é comúm na cozinha aragonessa. Os sus vinhos são bons com a
caraterística de ser densos, com muito corpo, produz tanto tintos como brancos.
Catalunha é uma mistura do requinte francês na gastronomía.
É muito mais Mediterrânia e menos árabe que a do resto da Espanha, os molhos suaves
e exóticos banham muitos de seus pratos, especialmente os de azeite, sejam em
carnes, peixes ou verduras, acompanhados com frequência de frutos secos como as
castanhas, amêndoas, passas e pinhones. Os embuchados mais suaves também tem
grande arraigo na região catalã, especialmente o chamado butifarra. Entre as
sobremesas destaca a crema catalã, espécie de flã cremoso e doce. Os vinhos são
também Mediterrânios, suaves e doces, embora Catalunha seja a terra do Cava.
O Levante é outra região espanhola típicamente Mediterrânia
onde os mariscos e peixes dominam o diário comer, se preparam salgaduras de
boqueirão e bonito ou pratos como o cruet de pex e inclusive em certas zonas
pode esperimentar-se o exótico ouriço do mar. Destaca internacionalmente a
paella valenciana, arroz combinado com mariscos de alta qualidade que adquire
uma cor amarela pela forma em que a cozinhada. O arroz é básico no Levante,
sendo cozinhado de muitas diversas maneiras. As sobremesas principais são os
turrões, bunhuelos de gerimum, pão de figo e frutos naturais da zona. Algumas
zonas tem desenvolvido bebidas próprias como Alcoy, que brinda o seu café licor,
o timonet e o herbero, especialmente durante suas festas tradicionais.
Andaluzia é a região espanhola que reúne maior influência
das culturas que conquistaram Espanha, especialmente a árabe. Predominam os
pratos em base à peixes e mariscos com a caraterística de cozinhar-se de
maneira mais seca, para uma ingestão mais fácil. Os pescaítos fritos são tapas
populares que podem encontrar-se fácilmente. O gazpacho é o prato caldoso mais
popular da Andaluzia. Os seus vinhos são mais doces, destacando os de Jerez,
Málaga e Montilla-Moriles.
As Ilhas Baleares tem uma cozinha típicamente marítima. Para
dar variedade, incorpora numerosas sopas e guisos de verduras como a sopa
mallorquina e o tumbet em base à batatas, abôboras e pimentos. Desta terra são
também as chamadas cocas, espécie de tortas de farinha que podem ser doces ou
salgadas, assim como as ensaimadas, muito extendidas por toda a península que é
uma qualidade de pão doce. A zona de Mahón é a terra da maionese e o queijo do
mesmo nome elaborado com leite de vaca.
A terra do centro, as comunidades mais extensas
geográficamente que são Castela La Mancha, Castilha León e Extremadura
partilham uma cozinha similar. Predominam os pratos elaborados com carne roxa
de vaca ou de porco, sendo especial a vitela avilenha de sabor delicado e
suave, os assados de cordeiro e coelho, os presuntos e chouriços com suas
inumeráveis variedades, os patés derivados das diferentes qualidades de gados
da região. Os queijos como o manchego tem grande reputação e oferecer frequentemente
em sua cozinha, os produtos do trigo se expresam em grande variedade de pães
salgados e doces, assim como em biscoitos e sobremesas típicas. As empadas
recheadas de chouriço, presunto e carne roxa são caraterísticas de várias
regiões e estão relacionadas com a vida campestre de antigamente, assim como
com numerosas tradições. Os vinhos, especialmente do Duero, são dos mais
renconhecidos pelo gosto azedo, enquanto que os de Valladolid e de Rueda são
mais frescos e afrutados.
Os produtos do mar, embora não tão abundantes como no
resto da Espanha também estão presentes na região, aliás, cozinham-se de jeitos
mais caldosos, acompanhados de molhos ligeioas e legumes, entre os peixes, os
de rio como as trutas, são as que se consomem fritas. Entre as sobremesas
destacam os mazapanes, as galetas e peças de trigo recheadas de frutos secos
como os pinhões, as gemas de Santa Tereza e algumas peças de repostaria com
nomes típicos das regiões onde elaboram-se. Durante a ocupação francesa, um
grupo de franceses robarão a documentação do Convento de São Benito em
Alcántara, levando consigo um recetário que os monges utilizavam para cozinhar.
Entre os pratos que ai expunham estavam a perdiz de Alcántara, os caracoles, a
chanfaina e as mormenteras, espécie de rosquilha recheada de amêndoas e mel.
Estes pratos passaram fazer parte da gastronomia francesa e poucos sabem que na
realidade nasceram nas paredes de um Convento Espanhol mais perto do Portugal
que do mesmo Madrid.
Por último, em Madrid pode encontrar uma cozinha nacional e
internacional muito variada, caraterística de uma capital mundial, sem que isto
impida que tenham suas próprias especialidades como são os buchos e o cozido à
madrilenha. A vantagem de assomar-se à cozinha no Madrid reside nesse imenso
mirante da Espanha que é esta cidade, com seus espaços para cada uma das
particularidades de suas regiões.
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